18/11/2021 - Central sindical do Reino Unido lança relatório sobre democracia no Brasil

 

O golpe representou um ataque sem precedentes aos direitos do trabalho organizado e ao estado de bem-estar social do país. A crise foi agravada desde então pela ascensão do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, que era considerado um extremista mesmo durante os anos de ditadura militar.

 

O relatório atende a pedidos urgentes de solidariedade internacional por parte dos sindicatos brasileiros. O objetivo é revelar a extensão dos danos causados pelo governo Bolsonaro à democracia brasileira, aos trabalhadores e as trabalhadoras, aos direitos humanos e ao meio ambiente e mostra como os sindicatos e outras entidades estão resistindo a esses ataques.

 

O relatório cobre quatro áreas principais de preocupação: direitos trabalhistas e austeridade; democracia e direitos humanos; racismo, sexismo, homofobia e transfobia; e meio ambiente e direitos indígenas.

 

“Estamos falando de um governo de vários retrocessos e um dos grupos mais afetados e que ainda está sendo afetado é a população negra que vive em um dos governos mais genocida e que verbaliza a manutenção do racismo estrutural e recreativo que poderia existir em pleno século 21”, alerta Anatalina Lourenço, secretária de Combate ao Racismo da CUT Brasil, que participou do lançamento.

 

“É um governo que pensa na manutenção de inúmeros concursos públicos para polícia militar e civil, mas que teve a menor taxa de concurso público para professores desde de 2019, o cancelamento do programa, Mais Médicos (que levava médicos para cidades mais extremas do Brasil), além dos direitos das mulheres que também foram afetados, chegando a quase 30 anos de retrocesso”, complementou.

 

Antonio Lisboa, Secretário de Relações Internacionais da CUT, afirmou que “a TUC é uma central parceira da CUT Brasil e que tem sido uma grande aliada na defesa dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras no Brasil, no Reino Unido e no mundo”.

 

“O alerta tão bem produzido pela TUC é uma excelente ferramenta que mostra que não devemos promover acordos comerciais com governos que promovem a morte e que violam diversas convenções internacionais”, disse Lisboa.

 

 

Fonte:  Redação CUT