03/12/2025 - Melhora a avaliação sindical pelos trabalhadores, segundo pesquisa
Cresce apoio dos trabalhadores aos Sindicatos. É o que revela a pesquisa nacional “O Trabalho no Brasil”, feita pelo Vox Populi em parceria com o Fórum das Centrais Sindicais e o Dieese.
Segundo a pesquisa, o trabalhador acredita que os Sindicatos são fundamentais pra defender direitos e melhorar condições de trabalho.
Os resultados foram apresentados em coletiva de imprensa na Fundação Perseu Abramo, em SP. Um dos dados mais relevantes aponta a confiança de 68% dos trabalhadores em seus Sindicatos. Outro dado importante mostra que mais de 70% apoiam o direito de greve, enxergando na mobilização coletiva um instrumento legítimo da classe trabalhadora.
O levantamento ouviu 3.850 trabalhadores, entre assalariados (com e sem Carteira assinada), autônomos, empreendedores, servidores públicos, trabalhadores de aplicativos, além de desempregados e aposentados.
A melhora na avaliação sindical pela base trabalhadora não é fato isolado. O IBGE já havia apurado, em novembro, aumento na taxa de sindicalização – 8,9% em 2024, o que corresponde a cerca de 9,1 milhões de pessoas. Em 2023, a taxa era de 8,4%. O aumento de 0,5 ponto percentual significa 812 mil novos associados em um ano.
UGT – Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores, considera muito positivo esse resultado. “Ele é importante para fortalecer a unidade sindical e ampliar a representatividade. Vamos seguir firmes nesse caminho, sempre ao lado dos trabalhadores e na defesa de seus direitos”, comenta. Para o dirigente, esses dados confirmam a necessidade de ampliar ação sindical nas bases.
Dieese – Adriana Marcolino, diretora-técnica do Dieese, também comemora os resultados. Ela diz: “Surpreende porque, em geral, tomamos conhecimento de pesquisas por grandes empresas de mídia, segundo as quais, repetidamente, o movimento sindical não tem mais representatividade”. Para Adriana, quando a pergunta é direta aos trabalhadores, surgem outros retratos.
CLT – Segundo o levantamento, 56% dos trabalhadores autônomos, que hoje empreendem, gostariam de retornar ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. Ou seja, mesmo quem está fora do regime da CLT sente falta de representação.
De acordo com a pesquisa, 52% dos trabalhadores apontam como principais prioridades aumento de salários, empregos de qualidade, saúde e segurança, redução da jornada e combate à discriminação.
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