As unidades básivas de Saúde de Araçatuba estão sem a vacina pentavalente, aplicada em bebês aos dois, quatro e seis meses. Trata-se de uma vacina do tipo injetável que permite que a criança fique imune contra as cinco doenças: tétano, difteria, meningite, coqueluche (e outros tipos de infecções provocadas pelo Haemophilus influenzae tipo B) e a hepatite B. A vacina está disponível apenas na rede particular e custa mais de R$ 330.
A falta da vacina foi denunciada à redação de O LIBERAL REGIONAL por duas mães que preferiram não se identificar. Elas procuraram a Unidade Básica do Umuarama para vacinar os filhos e foram informadas que a vacina não estava disponível.
“Conforme orientação do Ministério da Saúde, a vacina pentavalente não esta sendo distribuída por indisponibilidade de estoque. Informo ainda que até a semana passada estávamos atendendo com o estoque que tínhamos na Vigilância Epidemiológica. Porém a partir desta semana estamos realizando o agendamento até que o reabastecimento retorne ao normal. Não temos estoque de pentavalente e nem doses disponíveis nas unidades básicas de saúde. Estamos aguardando pela normalização do reabastecimento da vacina”, informou a Vigilância Epidemiológica de Araçatuba por meio da Secretaria de Comunicação Social. A normalização a que se refere a vigilância compete ao ministério da Saúde.
Por meio de Nota Informativa, o Ministério da Saúde detalhou a situação de vários imunológicos, entre os quais a vacina pentavalente. “Vacina pentavalente: não distribuída por indisponibilidade de estoque. Há cerca de 5 milhões de doses no país, que foram entregues entre os meses de julho e novembro de 2017, aguardando a Baixa do Termo de Guarda a ser concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa”, diz o ministério.
Pelo calendário de vacinação do Ministério da Saúde, toda criança deve tomar a primeira dose aos dois meses, a segunda dose aos quatro meses e a terceira dose aos seis meses. Porém, sem esta vacina, os bebês ficam expostos ao contágio de várias doenças. A alternativa seria a rede privada, mas o elevado custo inviabiliza para muitas famílias. “Não tenho como pagar o valor na rede privada. É uma vergonha o que o ministério está fazendo conosco”, disse uma mãe que procurou a redação. De acordo com a mãe, outras vacinas também estão em falta, mas ela não soube falar quais.
ANTÔNIO CRISPIM – Araçatuba
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